Acabo de vivenciar momentos
extremamente deleitosos junto com meu filho. Conversávamos na mesa posta para o
café da manhã. Conversávamos, mas, verdade seja dita: aprendíamos um com o
outro de alguma maneira. Pensava apenas ensinar-lhe, ou melhor, transmitir-lhe
os valores nos quais baseio minha vida. Pasme! Conforme as palavras fluíam dos
lábios, surpreendi-me decifrando meu próprio coração. No intuito de
mostrar-lhe, fui eu quem realmente vi!
Sim, enxerguei claramente a revelação
da minha fé. Fé essa construída durante uma vida; mas que poderia ser construída,
quem sabe, em poucos dias de vida (lembro-me agora do ladrão da cruz, que
recebeu o Reino dos Céus nos seus últimos fôlegos de vida).
A verdade que perpassa a humanidade é simples o suficiente para ser sorvida
por uma criança. Pura o suficiente para não se misturar à confusão de nossos
dias. Forte o suficiente para levar nossa morte - não me refiro àquela que
tememos, mas àquela que desconhecemos, a qual é eterna.
Há dias trazia comigo um sentimento
de impotência no resolver, no transformar, no alterar... E de tanto me valeu
esta refeição, mais do que qualquer alimento! Valeu-me pelo toque de que a
impotência me aproxima de um Deus onipotente, via o Leão da Tribo de Judá. É assim que Ele se coloca, e é assim que meu interlocutor de quatro anos o vê. Que grata visão!
De fato, hoje tivemos uma conversa
especial. Sem qualquer tipo de formalidade ou artifícios. E não seriam essas as
melhores?
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