segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mais do que palavras.


        Atitudes valem mais do que palavras. Parto desta premissa para compor as próximas linhas...
           De tempos em tempos adotamos opiniões extremistas em relação a tudo que nos cerca. Ama-se ou odeia-se. Eu defendo as palavras, você as atitudes. Mas não optamos por aceitá-las em pé de igualdade na importância. Existem momentos em que só cabem palavras, e momentos em que as atitudes validam as palavras. Palavras derrubam, mas também levantam, confortam, apóiam, encorajam, inspiram. Atitudes também. Palavras podem ser vazias ou cheias de verdade, quando a atitude começa no coração.
          É possível alguém fazer algo por outrem sem, contudo, fazê-lo com o coração. Daí, de que adianta a ação? É possível que a atitude esconda uma intenção egoísta; algumas podem aparentar altruísmo, mas embutem a intenção de alcançar honras para o autor da ação. Aquela história de que “palavras me conquistam, mas atitudes me ganham ou me perdem”, soa um tanto egocêntrico também, como se estivéssemos aptos a julgar uma ou outra ação alheia com respeito a nós. Se fôssemos menos severos em julgar palavras e atitudes, esperaríamos menos das pessoas e agiríamos mais.
          Enquanto que as palavras são rechaçadas, desprezadas até, porque existam palavras falsas (tanto quanto atitudes), ou porque sejam mais facilmente criadas pela boca das pessoas. Sim, elas tendem a ser levianas, hipócritas, cruéis em tantas situações. Por outro lado, quem, em algum momento de angústia, não foi abençoado por uma palavra bendita?
          Fato primeiro: a boca fala do que está cheio o coração, pois, palavras nascem de atitudes íntimas, escondidas nas entranhas da alma. Fato segundo: não se pode ocultá-las da vista alheia por muito tempo. Elas repercutem ao mundo, ora por palavras, ora por ações.
          Que nossas palavras e atitudes sejam casadas em todo o tempo, e não caiamos na armadilha da lábia ou da dramatização de ações. Que sejamos verdadeiros, cristalinos ao mundo, assim como aquele Homem cujas palavras exalavam vida para aqueles que o procuravam. Ele era, e ainda é, a perfeita combinação entre palavra e atitude, porque é o Verbo. O verbo Jesus cabe perfeitamente dentro do seu e do meu coração.