quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Chega!

Estou tal que, meu cérebro encontra-se intransitável. Congestionamento dos brabos, amigo! São vários pensamentos na contramão, idéias em fila-dupla... Tantas sinapses ao mesmo tempo, que chego a temer um colapso neuronal. Esqueceram de instalar semáforos nos pontos onde existe maior convergência de informações. E eu que prefiro mil vezes caminhar a passos coordenados, fico a mercê de um trânsito mental caótico. Culpa do senhor raciocínio, que corre acima da velocidade permitida em via expressa e capota na primeira curva!

Pausa.

Do outro lado do hemisfério (cerebral), está um lugar de descanso. À beira do caminho, sorri uma tímida ruela, ornada com arvoredos verde-piscina e um céu de azul-oceano. Em lugar de asfalto, estende-se um tapete aveludado, gostoso de pisar com os pés descalços. Fumaça, poluição e o estrondo desafinado das buzinas não chegam ali. Para lá o vento carrega a voz doce e aguda da criança, enquanto arrisca seus primeiros passinhos. Não passam caminhões carregados de cobranças e chateações... A passagem é destinada aos pedestres que caminham pela vida sem pressa. Ah, que beleza! Como não encontrei antes este bucólico caminho? Preciso mudar meu percurso, deixar de lado esta pressão descarada que me obriga a pensar mais do que viver!
Para começar, melhor deixar de prosa e colocar o cérebro em ponto morto. Ao menos, até amanhã de manhã. Boa no...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Inverno

There will be winters in the seasons of our soul
With a cold and bitter wind that chills our lives
But our faith can be building a fire
That will warm us till springtime arrives

No Doubt (PETRA)



"Uma pequena fé levará tua alma ao céu; uma grande fé trará o céu para sua alma."

(Charles Spurgeon)



Sem crise não há fé.

domingo, 16 de novembro de 2008

Construção

Olho para dentro de mim e vejo um terreno em obras. Concreto, entulhos e poeira pelo caminho. Desconstruir para construir...

Imagem
(Beto Tavares)

Pedaços em barro, cacos, retalhos
Restos de coração quebrado
Minha vida nas mãos do oleiro
Matéria-prima do seu trabalho
Mãos do artista dedicado
Que me toca e me faz inteiro

Como é incrível, me sinto amado
Tão aceito ao estar ao seu lado
Vem me dar outra chance
Me transforma, me refaz

Estou aqui, outra vez
Só em você eu encontro o meu destino
Foi você quem me fez
Preciso do seu conselho, do seu ensino
Diante de você me sinto
Como um menino

Eu me encontro quando te encontro
Sou restaurado lentamente
Minha imagem à sua imagem
Sou seu filho e quero estar pronto
Ser trabalhado constantemente
Como barro numa moldagem

De repente eu sou vaso novo
Seu sangue, sua carne, seu povo
Sua identidade, seu fruto, seu gozo

Os seus sonhos pra mim
Planos de paz pra me dar um novo futuro
Seu amor não tem fim
Com você andarei e estarei seguro

Vem me encher, transbordar
Com seu óleo puro