quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Outubro, Primavera, 2008


Noite quente de quinta-feira. Meu rebento já dorme, ninado por anjinhos que cercam seu berço. No ar, notas de uma música embalando a noite que se acomoda ao fim de um longo dia. Enfim, um momento para baixar a poeira... Cá estou, olhando para trás. Pelo retrovisor avisto um ano que começou embaraçado por incertezas e que ensaia seu fechamento, daqui a parcos dois meses. Como sinal, os panetones já preenchem as prateleiras dos supermercados e as lojas se enfeitam com pinheirinhos de plástico e luzes multi-cores piscantes.
Parece que ontem, o ano começou...
Adentramos o convidativo 2008 com uma expectativa pulsante no coração. Tínhamos um bebê em nossos braços. Um serzinho tão desejado e amado. Mal completara seus seis meses de existência. Sonhávamos com a cirurgia definitiva que lhe daria força para viver. Este momento chegou ao segundo mês do calendário, reservando para nós muitas surpresas, assombros e júbilo.
Não é novidade dizer que este ano tem girado em torno do Gustavo (é só conferir os posts anteriores...). Investimentos, planos e orações se voltam para nossa criança. Mas, também, existem outras aspirações, sonhos e desejos que repartem com ele, o espaço em nosso coração. Um deles, que ganhou força nas últimas semanas, é minha volta à bancada. Por algum tempo pensei ter aposentado o jaleco e enterrado o traquejo com pipetas. Mas Deus reserva surpresas para a gente: I’ve come back!
De novo as cobranças, os experimentos que não dão certo e aqueles que surpreendem por saírem melhor do que a encomenda. Não falta o frescor da expectativa renovada para a nova fase que ascende. Voltei a sentir friozinho na barriga! O mesmo do doutorado... Vai ver, ficou incubado no celoma...
Enquanto isso o ano se despede antecipadamente, no comércio das ruas e nos shoppings adornados. Os dias se abreviam nesta geração, nenhuma surpresa.
Gravuras que ficaram impressas no caderninho das memórias: o primeiro aniversário do Gustavo... A suspensão da batelada de medicamentos para o coração... Os momentos de brincadeira a três nos finzinhos de tarde. Amo-te, pequena e valiosa família!
E como o ano continua nos reservando emoções, vamos ao que interessa; viver do maná que Deus provê em doses diárias, sem abraçar o pacote de ansiedades que nos reserva o amanhã. Afinal, ainda temos dois meses pela frente... Coragem!
Paradoxalmente, fala-se em crise econômica mundial. Especula-se um agravamento para 2009. O mundo se contorce frente a esta palavrinha de duas sílabas. Que caótico cenário! Contudo, a provisão do maná nunca faltará no âmbito desta casa.
Nesta noite, que vai alta, descansarei nesta promessa.

Até mais...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma cena muito louca...




“(...) Porque não há outro Deus que possa salvar como este.” (Dn. 3:28)

Foi do rei Nabucodonosor (antiga Babilônia) que partiu esta constatação, ao testemunhar um fato que desafiou qualquer lógica: três homens foram lançados nas labaredas de uma fornalha, porquanto, quatro homens podiam ser vistos passeando pelo fogo. Três homens e um anjo, diga-se de passagem. E, nem um fio de cabelo queimado.
Realidade que ignorou todas as leis da física, química e biologia. Loucura? Normal é que não foi.
Deus desafia a lógica das leis naturais e, quase sempre, contradiz a nossa boa e velha razão. Ele age como, quando e onde quer. Nada se compara ao agir das Suas mãos. Ele sempre foi e será inexplicável! Quem pode compreender a mente do Senhor? Ninguém.
UFA... Por aí vejo que posso descansar de tentar entender o agir de Deus! Guardar meu coração de se inquietar com o porquê das coisas, e não duvidar de um Deus muito maior do que as obviedades.
Nem sempre é fácil somente descansar, principalmente dentro da fornalha acesa...É uma questão de decidir, mesmo. Entregar-se!
Ele permite o fogo. Socorre na prova de fogo. A mim, basta compreender que Ele é Deus.
No mais, faço minhas as palavras daquele rei babilônico: Não há outro Deus que possa salvar como este...