O Dia
Internacional da Mulher seria uma data tão demagoga quanto qualquer outra, se
esse dia não nos fosse útil para ao menos refletir, findadas as homenagens.
Refletir sobre quem é a mulher, ou
melhor, quem são as mulheres homenageadas em oito de março: são aquelas que-
sim!- saem de casa todos os dias para trabalhar; mas, também, são todas que saem de casa, todos os dias, para que as outras saiam de casa para trabalhar.
São também aquelas que trazem o trabalho para casa, ou ainda, que fazem da casa
o seu trabalho.
Talvez a mulher moderna não exista
sem um trabalho. Contudo, existencialmente falando, talvez a mulher não exista
sem uma casa. Dentro ou fora dela, todas acabam sendo “donas-de-casa”, embora,
apenas uma parte de nós receba esse rótulo, por vezes, pejorativo, entre as
próprias mulheres.
Professoras, médicas, dentistas,
arquitetas e bibliotecárias se fazem na Universidade. Já mulheres se fazem na família. Daí a importância latente de cuidarmos das nossas meninas no núcleo familiar. E também dos nossos meninos, para que aprendam a cuidar do coração dessas meninas enquanto elas se tornam mulheres.
Os tempos mudaram, conquanto, a
feminilidade ainda é mais necessária (e apreciada) do que o
feminismo. Nunca fomos tão cobradas em “subir na vida” como na atualidade,
por isso, galgamos sempre posições melhores, de maior destaque. Por outro lado,
dizem-nos que “descer na vida” é vergonhoso para o gênero feminino, quase que ultrajante. Mas há mulheres que optam por descer alguns degraus, posicionando-se
como base para sua família. Acredite, não haverá limites para o legado
construído por esta mulher!
Este dia nos convida a avaliarmos
nossa postura frente a nós mesmas, a despeito dos achismos e das opiniões
pré-fabricadas. Ademais, mulher, valorize-se por aquilo que você é, e não por aquilo que conquistar, afinal, seus melhores atributos já vieram inclusos no pacote básico de série.
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