Quero realmente retornar a esta casa. Mas não me recordo onde coloquei a chave. A porta ainda está relutante.
Avisto a fachada...Quanta coisa mudou! Quase nem reconheço o que restou da floreira; a velha árvore reclinada me saúda em longo silêncio; as folhas caídas no chão...
Mas essa ainda é minha casa, apesar de por algum tempo acomodada num canto remoto. Não está de toda inóspita. Posso reformá-la...Por que não?
Devo colocar novas cores aqui e acolá. Transplantar novas mudas nos canteiros. Acender as luzes. Ecoar por aí meus passos...
AINDA... Pode ser esse o advérbio da minha esperança! Eis a chave perdida! Ainda é possível garimpar sonhos por entre os entulhos da realidade.
Quero residir nesta casa outros novos dias.
Retornarei aos poucos trazendo a mobília. Palavra por palavra, começando com algumas rimas antigas que trago comigo desde os primórdios desta casa...
Um comentário:
Oi Pri.
Como é bom ler seus textos! Obrigada por nos presentear assim.
A Ana Rosa está muito linda, esperta, inteligente... e o que é melhor, muito saudável!!!!!!!!!
E o Gu, meu menino dos olhos de botão?
Beijos, saudades
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