quinta-feira, 17 de julho de 2008

Mães de UTI

"Hoje, acordei pensando em um grupo de mulheres que me marcou profundamente. São as mães de UTI. A despeito da realidade que não escolheram viver, são mulheres comuns às demais mulheres. Não esperava conhecê-las nas circunstâncias em que as conheci, pois ninguém espera internar um filho nos seus primeiros dias de vida. Porém, Deus nos colocou ali, na mesma sala de espera da UTI. Conforme as conhecia, mais as admirava. Ao ouvir suas história, sentia-me pequena, frente ao tamanho da força daquelas mulheres, desprendidas de superficialidades. Não via amargura em seus rostos abatidos, nem escutava palavras de revolta saírem de seus lábios. Apesar das más notícias, a fé e a esperança não se dissipavam, e muitas vezes, notei que sofriam em silêncio. Diariamente, viam-se confrontadas por incertezas quanto ao desconhecido. Tempo ruim era não estar ao lado de seus filhos queridos. Por maior a tristeza que carregassem no coração, seus semblantes se iluminavam ao avistar seus pequenos guerreiros, e delas, fluíam palavras ternas e encorajadoras. Fortes, mas humanas, passíveis de cansaço físico e emocional. Vúlneráveis aos repentes de questionamentos pessoais. Mesmo as maiores fortalezas estremecem. Compreensivelmente, falíveis. Mulheres de alma doce e valente, tais quais seus pequenos vencedores. Não esperam aplausos pelo altruísmo desprentencioso.
Hoje, acordei pensando que a vida é mais do que isso que vivemos.
É muito mais...".
Às mulheres lindas que se tornaram AMIGAS, em um dos momentos mais difíceis da nossa vida...
“Tudo que não é eterno, é eternamente inútil”.
(C.S. Lewis)

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