Nostalgia...uma mania nacional. Talvez sempre tenha sido, e eu pense ser a última moda... De fato, fazemos jus ao jargão "recordar é viver", como se o ontem fosse melhor do que o hoje pelo simples fato de não mais existir. E, este espírito retrô contagia!
Não sei até que ponto isto se torna uma fuga, mas concordo que certos trechos vividos ficam guardados na memória e que, quando resgatados, tornam-se lembranças deliciosas... Outro dia mesmo, passei por uma experiência do tipo “túnel do tempo”, com direito a flash back e muito saudosismo.
Esta viagem ao passado teve início quando resolvi passear com meu filho, pelo centro da cidade...
Lá fomos nós, numa manhã fresca e ensolarada, enfrentar as calçadas estreitas e o vai-e-vem apressado dos que circulam pela rua Barão de Jaguara, uma das mais conhecidas de Campinas. Uma aventura para quem está conduzindo o filho bebê em carrinho de passeio!
Embora não tenha nascido em Campinas (sou uma sorocabana-campineiríssima), familiarizo-me com estas ruas amontoadas de lojas e prédios comerciais, que transformam o espaço numa miscelânea de estilos e propósitos.
Passei pelo mini-mercado, e sem pensar duas vezes, adentrei este mundo de cores, aromas e burburinhos. Pessoas, e mais pessoas. Barracas, e mais barracas. Todo tipo de delícias que esta terra possa produzir: manga-rosa, banana-nanica (gigante...) e outras frutas interessantes. Também vi diversos legumes e verduras de cores vibrantes . Encontrei a barraca de pastel, onde uma propaganda entusiasmada anunciava o de bacalhau como principal atração. Não faltaram as senhorinhas de lenço na cabeça, aqui e acolá, conduzindo seus carrinhos de feira, ao conferir as ofertas do dia. Quando criança, esta simultaneidade de imagens e sons me hipnotizava!
Enfim, cheguei na barraca preferida de todas as infâncias do mundo: o paraíso dos doces e outras guloseimas. Não resisti ao apelo das minhas lembranças e fiz o que há anos não fazia: enchi uma bacia com balas 7 Belo, Chita (de abacaxi) e Dadinho. Procurei a Maluquinha (sabor côco queimado), mas não achei desta vez. Será que não a fabricam mais?
Ao degustar a primeira bala me senti moleca; era o gosto da nostalgia invadindo minha boca e depois minhas memórias esquecidas.
Não sei até que ponto isto se torna uma fuga, mas concordo que certos trechos vividos ficam guardados na memória e que, quando resgatados, tornam-se lembranças deliciosas... Outro dia mesmo, passei por uma experiência do tipo “túnel do tempo”, com direito a flash back e muito saudosismo.
Esta viagem ao passado teve início quando resolvi passear com meu filho, pelo centro da cidade...
Lá fomos nós, numa manhã fresca e ensolarada, enfrentar as calçadas estreitas e o vai-e-vem apressado dos que circulam pela rua Barão de Jaguara, uma das mais conhecidas de Campinas. Uma aventura para quem está conduzindo o filho bebê em carrinho de passeio!
Embora não tenha nascido em Campinas (sou uma sorocabana-campineiríssima), familiarizo-me com estas ruas amontoadas de lojas e prédios comerciais, que transformam o espaço numa miscelânea de estilos e propósitos.
Passei pelo mini-mercado, e sem pensar duas vezes, adentrei este mundo de cores, aromas e burburinhos. Pessoas, e mais pessoas. Barracas, e mais barracas. Todo tipo de delícias que esta terra possa produzir: manga-rosa, banana-nanica (gigante...) e outras frutas interessantes. Também vi diversos legumes e verduras de cores vibrantes . Encontrei a barraca de pastel, onde uma propaganda entusiasmada anunciava o de bacalhau como principal atração. Não faltaram as senhorinhas de lenço na cabeça, aqui e acolá, conduzindo seus carrinhos de feira, ao conferir as ofertas do dia. Quando criança, esta simultaneidade de imagens e sons me hipnotizava!
Enfim, cheguei na barraca preferida de todas as infâncias do mundo: o paraíso dos doces e outras guloseimas. Não resisti ao apelo das minhas lembranças e fiz o que há anos não fazia: enchi uma bacia com balas 7 Belo, Chita (de abacaxi) e Dadinho. Procurei a Maluquinha (sabor côco queimado), mas não achei desta vez. Será que não a fabricam mais?
Ao degustar a primeira bala me senti moleca; era o gosto da nostalgia invadindo minha boca e depois minhas memórias esquecidas.
Ao lado do mercadinho, ainda sobrevive uma destas galerias antigas. Não me lembro quais lojas estavam lá há vinte e tantos anos atrás, mas sei com toda certeza, que freqüentemente acompanhava meu pai até a barbearia que ainda ocupa um espaço ali, e que conserva a mesma fachada, os mesmos sofás e talvez, os mesmos barbeiros.
Uma barbearia, portanto, os principais freqüentadores eram homens que aparavam a barba ou as madeixas. Nada de especial. Quer dizer, para mim sim, era especial; ficava orgulhosa quando meu pai me levava com ele, de mãos dadas pelo centro da cidade, para fazer compania e também para conversar. Ao chegar lá, sentava-me no sofá e logo corria os olhos pelo salão para confirmar que eu era a única “moça” do local (imaginem, uma moça de seis anos...). Quase sempre comprovava satisfeita que sim; a única mulher naquele universo masculino! Que curioso...Hoje, não entendo qual o encanto de estar numa barbearia em que eu fosse a única a não aparar o bigode ou fazer a barba, mas na época isso era divertido. Por certo, gostava de estar ali para folhear as revistas “Manchete”, cujo slogan - “Aconteceu, virou Manchete” – muito me lembra a atual “Caras“.
Estes momentos de puro sentimentalismo me fizeram bem. Parece que de vez em quando é preciso puxar algumas fichas arquivadas na memória, já que os dias modernos são tão descartáveis quanto um lenço de papel. Mas afinal, o que mudou? Foram os tempos, ou foi a gente?
Acho que tudo mudou e ao mesmo tempo, nada mudou. Complicado? Também acho!
Estes momentos de puro sentimentalismo me fizeram bem. Parece que de vez em quando é preciso puxar algumas fichas arquivadas na memória, já que os dias modernos são tão descartáveis quanto um lenço de papel. Mas afinal, o que mudou? Foram os tempos, ou foi a gente?
Acho que tudo mudou e ao mesmo tempo, nada mudou. Complicado? Também acho!
Embora este revival seja cativante, viver o presente é bem melhor! Não tenho alma de fóssil. Mas curto paleontologia...
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