quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Palavras ao vento?


            Cá estou, novamente, soprando algumas palavras...
            Vento sereno, como descrevê-lo sem vê-lo, sem ao menos tocá-lo? Ao menos você me toca, enquanto o sinto fresco, roçando minha pele. Ao menos eu o escuto poetar entre as folhas das árvores alvorossadas, enquanto  beijadas. Não, definitivamente, não preciso vê-lo para sabê-lo. Basta saber sentí-lo sem precisar definir seus limites, que se confundem aos meus conceitos de infinito. De onde veio? Para onde irá? Para quais pensamentos seu  sopro me guiará?
            De repente, você se faz ausente. Noutro instante, retorna em uma corrente ainda mais efusiva. Chacoalha as folhas como nunca! Retorna e me entorna de sua presença massiva.
            Se faz assim, sempre presente, embora as vezes eu não o perceba dedilhando minha pele, beliscando meus sentidos, refrescando minha vida, sereno. Vento, sua amplitude proclama a glória do Eterno, de cujo trono, você é distribuído ao mundo. Quão maiores são os pensamentos do Deus Altíssimo, que habita nas alturas e na profundidade do meu coração, onde vento algum alcança.


Um comentário:

Anônimo disse...

Tem razão...de certa forma, vento é vida!